domingo, 3 de junho de 2012


AP2 - INTERVENÇÃO URBANA LOCAL

Local

  • Entre as ruas Francisco Rosa e Rodrigo Argolo, Rio Vermelho, Salvador

Problemas

  • Acessos;
  • Falta de atividades noturnas;
  • Falta de atividades comerciais;
  • Topografia;
  • Segurança.

Objetivo Principal:

  • Desenvolver uma área com grande potencial, dando os corretos usos de acordo com as necessidades de sua vizinhança.

Objetivos Secundários:

  • Criar um fluxo maior de pedestres;
  • Aumentar a segurança da área;
  • Evitar que os moradores da vizinhança tenham que descer e subir a ladeira que dá acesso a área toda vez que precisem suprir alguma necessidade.

A proposta foi solucionar os problemas da praça e de sua vizinhança, dando prioridade aos problemas diagnosticados na análise ao lado. Como já existe uma praça, o problema de topografia atinge apenas uma parte do terreno, na qual haverá um restaurante mezanino que tem acesso pela rua de ida (por cima) e pela rua de volta (por baixo). Com relação a falta de atividades noturnas, os barzinhos, a praça bem iluminada e sua área fitness (aparelhos de ginástica e pista de ciclismo e pedestres) trarão grande movimento e segurança ao local. Com relação a falta de atividades comerciais, serão implantados: farmácia, padaria, lanchonete, entre outras atividades necessárias no dia-a-dia das pessoas, para melhorar a segurança, além do que já foi citado, será implantado um módulo policial. Para atender a população de baixa renda, serão implantados um centro cultural, que visará fornecer atividades gratuitas como aulas de capoeira, futsal, artesanato, e outras atividades que ajudem a população do vale das pedrinhas e uma escolinha / creche para atender aos pais e mães que não tem tempo de cuidar do filho. Isso também gerará emprego para moradores de regiões próximas.  Para evitar que os carros ocupem faixa dos dois lados da pista, o estacionamento será formalizado, ocupando apenas um lado ao redor de grande parte da praça.



Mapa da Intervenção

Perspectiva à mão livre

Perspectiva 3D em maquete eletrônica

quarta-feira, 11 de abril de 2012

AP1 - INTERVENÇÃO URBANA LOCAL

O objetivo do trabalho era analisar o terreno no qual será feita a intervenção urbana local. Dentre o que era necessário para tal análise, se destacam os mapas temáticos, as fotos do local e os problemas encontrados.

Segue o material abaixo:

Principais problemas
  • Acessos;
  • Falta de atividade noturna;
  • Falta de atividades comerciais.

Objetivo Principal:

  • Desenvolver uma área com grande potencial, dando os corretos usos de acordo com as necessidades de sua vizinhança.

Objetivos Secundários:

  • Criar um fluxo maior de pedestres;
  • Aumentar a segurança da área;
  • Evitar que os moradores da vizinhança tenham que descer e subir a ladeira que dá acesso a área toda vez que precisem suprir alguma necessidade.

Mapas Temáticos

MAPA 1 – Uso do Solo: Análise das atividades diurna e noturna / poligonal.

Legenda:
Diurno/Noturno 
Diurno 







MAPA 2 – Uso do Solo: Mapa colorido por uso / Diagrama de espaços livres e públicos

Legenda:

Habitacional 
Comercial
Educacional 
Institucional 
Lazer 
Espaço Público 


MAPA 3 – Diagrama de Acessos
Legenda:
Veículos e pedestres 
Apenas pedestres 



MAPA 4 – Numeração das fotos / Tipologia das Edificações



MAPA 5 - Topografia






Fotos

Fotos indicadas no mapa temático 4

FOTO 1

FOTO 2

FOTO 3

FOTO 4

FOTO  5

FOTO 6

FOTO 7

FOTO 8

FOTO 9


FOTO 10


FOTO 11


FOTO 12


FOTO 13


FOTO 14


FOTO 15


FOTO 16


FOTO 17


FOTO 18

domingo, 1 de abril de 2012

ARQUITETURA GREGA


Sempre gostei da arquitetura grega, não só pela beleza, mas por achar que ela foi pioneira no tipo de arquitetura que desenvolveu. Nunca havia achado muita coisa na internet e os livros de história que encontrei são todos em inglês e muito massantes, tornando a leitura chata. Fazendo um estudo independente sobre a arquitetura grega encontrei um material interessante e resolvi desenvolvê-lo um pouco. Segue abaixo, e boa leitura!

A arquitetura grega iniciou seu florescimento somente por volta da primeira Olimpíada, em 776 a.C. As habitações eram em geral muito simples e os principais representantes da arquitetura, nesta fase, são os templos em pedra, em especial o mármore. Eles derivam seu desenho de uma arquitetura micênica estruturada com madeira, o mégaron¹, uma construção retangular caracterizada por uma abertura, um alpendre de duas colunas, e uma lareira mais ou menos centralizada, coberta por um telhado de madeira em duas águas com traves aparentes, tinha as paredes de tijolo cozido ao sol recobertas com estuque (pó de mármore amassado com cal, gesso e areia; obra de estuque) e uma base de pedra. A porta era estruturada por duas traves laterais e um lintel, todos em madeira. Os gregos transportaram para a pedra uma réplica bastante aproximada desse modelo, tanto que a arquitetura grega já foi apelidada de "marcenaria em pedra". As primeiras colunas e lintéis dos templos gregos, na verdade, foram de madeira. Pouco depois a pedra começou a substituir todos os outros materiais salvo no telhado, que incorporou também telhas de cerâmica ou mármore. Os gregos concentraram as suas pesquisas estruturais basicamente num único sistema: o trílito, formado por dois pilares de apoio e por um elemento horizontal de fecho, o lintel. Não conheciam o arco nem seus derivados, a cúpula e a  abóbada.

O projeto era simples: uma construção de forma padronizada retangular sobre uma base de geralmente três degraus, com colunas no pórtico, na extremidade oposta ou em todos os seus lados, e o entablamento de remate. O núcleo do templo era uma zona fechada, formada por uma ou mais salas, onde eram colocadas a estátua do deus e as oferendas recebidas - o tesouro do templo. Este espaço interno era coberto por um telhado de duas águas, estruturado em madeira e rematado por dois frontões triangulares em pedra, no lado da entrada e na extremidade oposta do edifício. Sendo as cerimônias realizadas ao ar livre, os arquitetos gregos preocuparam-se mais com a sua imagem exterior do que com o espaço interior, reservado aos sacerdotes. As esculturas decorativas nos frisos e frontões, bem como as paredes dos templos, eram muitas vezes pintadas em vivas cores, mas praticamente nada dessa decoração chegou até nós.

Este modelo repetiu largamente por todo o território grego, assumindo, porém muitas variações que dependiam de preferências locais ou do orçamento disponível. Na arquitetura grega foram desenvolvidos três estilos ou ordens: a ordem dórica, a jônica e a coríntia. A ordem dórica era a mais simples, sem ornamentos, dando à edificação um aspecto de grande solidez. A jônica, mais elegante, tinha um capitel decorado por duas volutas. A ordem coríntia², que surgiu somente na época clássica, era ainda mais esbelta e ornamentada, sendo famosa pelo seu alto capitel em forma de sino invertido, decorado com volutas e folhas de acanto. O Partenon e o Templo de Teseu são de estilo dórico. O Erectéion e o Templo de Atena Nike, ambos erguidos em Atenas, são de estilo jônico.

Outra das importantes invenções da arquitetura grega foi o anfiteatro, geralmente construído na encosta duma colina, aproveitando as características favoráveis do terreno para ajustar as bancadas semicirculares. No centro do teatro ficava a orquestra, e ao fundo o palco, que funcionava com um cenário arquitetônico fixo. Dos muitos teatros construídos pelos gregos destaca-se o famoso Teatro do Epidauro. Além do templo e do anfiteatro os gregos desenvolveram uma série de outras tipologias arquitetônicas para usos específicos. Pode ser citado como exemplo o templo de planta circular, desenhado por Tholos; o prytaneion, semelhante ao templo, mas sendo uma grande sala de banquetes e eventos oficiais, contando com uma lareira acesa perpetuamente em honra a Héstia; o bouleuterion ou sala do conselho, uma sala retangular para assembleias, com uma arquibancada em seu interior; o estádio e o hipódromo, para realização de jogos e corridas; o ginásio ou palestra, para o treinamento dos atletas, e as capelas votivas ou tumulares, na forma de templos em miniatura. As residências em geral continuaram sendo modestas ao longo de toda a história da Grécia Antiga, sem qualquer traço decorativo pronunciado. Sua planta básica era aproximadamente quadrada, tendo como característica proeminente uma galeria no interior que atravessava a casa de uma parede a outra, e para onde se abriam os outros aposentos e um pátio rodeado de colunas. Casas de dois andares eram comuns.

Durante muito tempo prevaleceu a ideia de que os gregos utilizavam um sistema de proporções uniforme e estrito para a construção, baseado na Seção Áurea, mas os estudiosos de hoje, segundo disse Ian Jenkins, na medição de inúmeros templos não encontraram evidências físicas suficientes para corroborar a ideia - ao contrário, encontraram uma enorme diversidade de sistemas ou mesmo às vezes nenhum sistema reconhecível. Os principais motivos para tal são a ausência naquele tempo de um sistema métrico padronizado para toda a Grécia, e a preferência pela construção de proporções cumulativamente a partir de uma medida inicial arbitrária. Com isso atualmente se concebe a arquitetura grega como dinâmica, dependente de inúmeras variáveis, ainda que tivesse linhas gerais comuns e que em pelo menos alguns templos tenha sido atestado um uso consistente de proporções definidas.


¹ O mégaron é a "grande sala" da civilização micênica. A sala retangular, caracterizada por uma abertura, um alpendre (espaço coberto por telhado, mas sem paredes, pelo menos na frente) de duas colunas, e uma lareira mais ou menos centralizada cujo uso é tradicional na Grécia desde os tempos da cultura micênica, é o antepassado do templo na Grécia. Era provavelmente usado para declamação de poesia, festas, rituais religiosos, sacrifícios e conselhos de guerra. Originalmente era muito colorida. Feitos com a ordem arquitetônica minóica, os interiores de tijolo queimado e enormes vigas de madeira moldavam o edifício. O telhado era de telhas de cerâmica e ladrilhos de terracota. Um mégaron famoso está localizado no grande salão de recepção do rei no palácio de Tiryns, a sala principal que tinha um trono colocado contra a parede da direita e uma lareira central acompanha por quatro colunas de madeira em estilo minoico que serviam como apoio para o telhado. O mégaron, enquanto elemento característico de arquitetura, encontra-se descrito na Odisséia.

 ² Dentre as colunas gregas, as que chamaram a atenção dos romanos foram a dórica e coríntia, servindo de inspiração para as colunas romanas toscana e compósita respectivamente.

Templo Grego: Partenon de Atenas


Imagem da reconstrução do Mégaron


Exemplo de lintel

Anfiteatro Grego

Colunas gregas: dórica, jônica e coríntia, respectivamente.


Ordem dórica e ordem jônica.

Exemplo de uma planta baixa grega


Lendo o texto fica claro que a arquitetura grega era muito simples em sua organização espacial, principalmente no interior, por ser menos utilizado. O espaço exterior também era simples, mas havia um cuidado maior por que nele onde eram realizadas as cerimônias. Nas fachadas predominavam as ornamentações. Os detalhes esculturais dividiram as fachadas em três tipos, ou ordens como são mais conhecidos: a dórica, a jônica e a coríntia. Suas principais criações foram o templo, onde se destacou o Partenon de Atenas, e o anfiteatro. As residências eram simples e não possuíam detalhes decorativos. Muito da arquitetura grega foi usado como inspiração ou completamente copiados pelos romanos.

Parte do conteúdo foi extraída do Wikipédia.

segunda-feira, 26 de março de 2012


ESTATUTO DA CIDADE


O slide contêm uma coletânea do que há de mais importante no estatuto da cidade para uma intervenção urbana.


quarta-feira, 21 de março de 2012


Entrevista


Designer e arquiteto Rosenbaum fala sobre o acesso à indústria popular para atingir consumidores das classes C e D


"O projeto de requalificação urbana do Parque Santo Antônio, comunidade carente na Região Metropolitana de São Paulo, provocou uma revolução no pensamento de Marcelo Rosenbaum. Depois que liderou no local, em meados de 2010, a ação coletiva A Gente Transforma, ele passou seis meses de peregrinação por entidades públicas e privadas para tentar multiplicar o projeto Brasil afora, período em que minguaram os clientes em seu escritório"


Reportagem Completa em: http://www.arcoweb.com.br/entrevista/marcelo-rosenbaum-17-02-2012.html

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fichamento - Em busca do tempo perdido

Em busca do tempo perdido
O Renascimento dos Centros Urbanos
Vicente del Rio

A partir dos anos 90, e hoje já integrado ao paradigma do desenvolvimento sustentável, as grandes cidades passaram a buscar o renascimento dos centros urbanos, através da revitalização de suas áreas centrais através da reutilização dos patrimônios (físico, social e econômico) instalados e da sua melhor utilização possível, viabilizando o sistema econômico através das melhores respostas socioculturais. Os novos modelos urbanísticos de revitalização urbana invertem a lógica modernista e seus modelos positivistas, onde a busca pelo ideal racional-tecnicista gerava a renovação urbana indiscriminada e construía ambientes simplórios, assépticos e desprovidos da riqueza socio-cultural típica dos centros urbanos tradicionais.
Integrador e abrangente, o modelo da revitalização distancia-se tanto dos projetos traumáticos de renovação quanto das atitudes exageradamente conservacionistas, mas incorpora e excede as práticas urbanísticas anteriores na busca pelo renascimento econômico, social e cultural das áreas centrais esvaziadas, decadentes e sub-utilizadas. Pressupõe-se agora um processo, onde ações conjuntas e integradas voltam-se para dar-lhes uma nova vida.
Para tanto, através de um planejamento estratégico entre poder público (viabilizadores), poder privado (investidores) e comunidades (usuários), identifica-se planos e programas que maximizem e compatibilizem os esforços e investimentos, e norteia-se a implementação integrada de ações e projetos a curto, médio e longo prazos. Os resultados positivos, por sua vez, realimentam o processo atraindo novos investidores, novos moradores e novos consumidores, e gerando novos projetos.
Adotado em maior ou menor grau em diversas cidades no mundo inteiro, o movimento na direção deste novo modelo destacou-se a partir das experiências bem sucedidas de diversas cidades norte-americanas e européias, em particular das pioneiras Boston, Baltimore e São Francisco, nos EUA, e Londres e Glasgow, na Grã-Bretanha. No caso do Brasil, depois de uma experiência ainda em pequena escala no centro histórico de Curitiba, em meados dos anos 70, o modelo se consolidou com o sucesso do Projeto Corredor Cultural do Rio Janeiro, que hoje abrange mais de 3.500 imóveis e diversos centros culturais, e das mais recentes experiências no Pelourinho de Salvador e no centro de Recife.
O estudo das experiências bem sucedidas aponta para cinco aspectos fundamentais dos projetos: a) complexos processos de planejamento, monitoramento, gestão e marketing, b) mix estudado de diversos usos do solo, com a presença de "âncoras" sólidas; c) respeito à memória coletiva e ao contexto pré-existente (físico-espacial e socio-cultural); d) atenção ao poder das imagens e da qualidade projetual; e) implantação através de processos colaborativos entre os grupos envolvidos (governo, comunidade e empresários).
É importante frisar que, em geral, a revitalização de áreas centrais depende da promoção de novas imagens para locais tidos como decadentes ou de má fama. Portanto, por um lado, é vital a construção da confiança no processo e no lugar, o que sempre é dependente de ações integradas, contínuas e constantes, monitoradas pelo poder público. Por outro lado, essas estratégias são dependentes de agentes catalisadores da revitalização, dinâmicos e de forte apelo, constituindo-se num "diferencial" e no "gancho" inicial (não diferentemente do conceito de âncora no shopping center), contribuindo ativa e intensamente na construção da nova imagem e na atração de novos usuários e investimentos (2).
Embora, evidentemente, esses catalisadores não possam garantir o sucesso da revitalização como um todo, eles têm se mostrado essenciais para dar partida e, muitas vêzes, sustentam todo o processo. Os exemplos bem sucedidos incluem a promoção de grandes equipamentos públicos e de lazer, a valorização de conjuntos históricos e da frente marítima, com: construção de novas áreas de lazer, museus, marinas, aquários, lojas, mercados, hotéis e habitação. A presença da água, especialmente, tem servido como potente catalisador através do aproveitamento de suas conotações simbólicas e possibilidades lúdicas, tal como em Boston, São Francisco e no Inner Harbor de Baltimore. As marinas, por exemplo, públicas ou privadas, passarem a compor um diferencial importante nos novos lançamentos comerciais e residenciais nas antigas áreas portuárias.
Finalmente, deve-se notar que o turismo recreativo, cultural e de compras, tem se mostrado importante dinamizador econômico e social na revitalização das áreas centrais. No caso pioneiro de Boston, o antigo mercado e a área adjacente foram transformados, em 1977, num novo conjunto comercial com lojas, mercado, restaurantes e bares, num esforço conjunto entre a prefeitura e a iniciativa privada. No seu primeiro ano de funcionamento, esse conjunto já atraía dez milhões de visitantes (um total equivalente ao registrado para a Disneylândia no mesmo periodo) e, em meados dos anos 80, este número atingia 16 milhões/ano, três vezes mais que o total de turistas que entravam no México e no Havaí (estimou-se que os verdadeiros turistas no complexo chegavam à metade deste total) (3).
Mais recentemente, a Espanha nos proporciona dois importantes exemplos. Em Barcelona, a realização dos Jogos Olímpicos de 1992 - e os investimentos conexos - serviram como pano de fundo de programas e projetos urbanísticos para a requalificação dos espaços da cidade e a revitalização de inúmeras áreas, inclusive do centro histórico e da frente marítima, num processo que fez da cidade um dos mais importantes pólos culturais e econômicos da Europa. Em Bilbao, a estratégia para recuperação econômica da cidade – antes mundialmente conhecida apenas por abrigar o grupo separatista basco – baseou-se na decisão de construir um polêmico projeto arquitetônico para o novo museu Guggenheim, que acabou tornando-se referência mundial e razão principal das visitas turísticas à cidade, tendo recebido mais de 2,5 milhões de visitantes nos seus dois primeiros anos (4). E, nesta linha, não esqueçamos da experiência recente bem sucedida de reconstrução da imagem de Niterói – cidade vizinha ao Rio de Janeiro – através da forte imagem proporcionada pelo Museu de Arte Contemporânea de Niemeyer, um exemplar edifício-ícone que se projeta na Baía de Guanabara.
No último mês, o Rio de Janeiro também tem corrido atrás de oportunidade semelhante, brigando para receber o Museu Guggenheim brasileiro, como acompanhamos em todos os noticiários. Ter um "gehry" - ou, quem sabe, um "koolhaas", de modo a participar de uma paradigma globalizado e globalizante, em muito contribuiría na re-construção da imagem da cidade em nível internacional. Parece que, nos últimos anos, a cidade se deu conta da importância do city marketing, não sem haver perdido diversas oportunidades quando optou por contratos ou concursos locais para projetos de grande visibilidade (rio-orla na ECO-92, novo terminal do aeroporto internacional, monumento ao holocausto, etc).
Portanto, neste fim de século em que a sociedade está plenamente consciente da propriedade e do alcance social do paradigma do desenvolvimento sustentado, e dos modelos urbanísticos que lhe podem dar corpo, as metrópoles devem se convencer da importância da revitalização urbana consciente, num processo democrático, flexível, contínuo e integrado. Por outro lado, a globalização da economia tem acirrado a competição entre cidades na atração de novos mercados e investimentos, o que aponta para a importância dos diferenciais entre as cidades e, conseqüentemente, um cuidado cada vez maior na busca da qualidade destes modelos e processos. Finalmente, é mister admitir que, nessa busca pelo tempo perdido com tantos modelos e projetos equivocados ou incompletos, a implementação dos novos processos e modelos deverão ser, sempre, mais lentos do que geralmente admite a ação técnica tradicional ou tempos políticos a que estamos acostumados.

Comentário:
O mundo já percebe a importância de se criar um novo modelo de desenvolvimento baseado na sustentabilidade. A revitalização dos centros urbanos a tem como um de seus princípios.
Na busca de dar vida nova a cidade, o texto deixa claro que é imprescindível uma força conjunta do poder público e do setor privado para criar nesses centros um ambiente seguro, funcional e que atrai e seduza a população local.
Nos dias de hoje as cidades crescem exageradamente para todos os lados que possa e nessa busca por espaço é muito importante, nas revitalizações dos centros, usar da melhor maneira possível os espaços disponíveis.
Diego Bartilotti